Sobre o Enem

Brasília, 14 de agosto de 2015.

Senhores Pais e/ou Responsáveis,

Conforme temos acompanhado nos noticiários locais e nacionais, a ineficiência do “ranking” que classifica as instituições de ensino pelas notas dos alunos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está sendo, enfim, percebida. Diversas formas de legitimação de dados inconsistentes têm sido aplicadas em todo o País, com o simples objetivo de promover instituições e suas grifes ao topo dessa lista – o que, de fato, nada revela quanto à qualidade dos serviços educacionais por elas oferecidos.
Independentemente desse posicionamento, o CIMAN, tendo a ética como um de seus pilares, permanece trabalhando para que os estudantes alcancem seus objetivos – entre eles, o de ingressar nas mais disputadas universidades do País, caso da Universidade de Brasília (UnB) e de tantas outras. As médias obtidas pelos alunos do CIMAN no último Enem, especialmente pelos que estão há mais tempo na escola, foram muito boas. Destacaram-se, também, as notas dos nossos alunos no quesito Redação, tidas como decisivas na luta pelas vagas dessas universidades e que revelam, além do preparo na língua portuguesa, um expressivo entendimento da realidade, da cultura e da história dos povos.
Enche-nos de orgulho saber que nossos estudantes têm conseguido os resultados de que precisam para seguir em frente, ao final do Ensino Médio, rumo às carreiras que escolhem. Mais ainda, nos tranquiliza ver que a sociedade brasileira percebe que, na educação, não há espaço nem tempo para camuflar dados e excluir estudantes pelas suas notas, assim como julgar que o melhor aluno é aquele que faz mais pontos em uma prova. Educar, para nós, é ir muito além de tudo isso. Ficamos felizes, também, em ter nossa escola citada na imprensa entre as instituições do DF que melhor preparam seus estudantes.
Na oportunidade, encaminhamos, para leitura, uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, que trata do assunto.

Com amizade,
Mark Mello
Diretor

Missão do CIMAN Oferecer todos os níveis de Educação Básica, com ensino de excelência superior aos padrões consagrados, garantindo a formação intelectual, social e plena de pessoas que participem, de maneira ativa e permanente, da construção de sociedades sustentáveis.

ESTADÃO
Escolas que “não existem” representam 80% dos primeiros lugares no ENEM

MATEUS PRADO
05 agosto 2015 | 13:40

O Resultado por escola do ENEM 2014 revela que aumentou a prática, entre as escolas particulares, de separar os alunos em unidades e/ou CNPJ’s diferentes para parecerem ser melhores do que realmente são. Das 10 escolas com maior média no ENEM 2014, 8 delas são escolas de muitos alunos, só que a que aparece nos primeiros lugares do ENEM é uma escola com menos de 60 ou menos de 30 alunos. As escolas maiores, de mesmo nome, na mesma cidade ou até no mesmo endereço, também aparecem no resultado. Porém, se ranqueadas, estão em posições muito distantes das primeiras colocadas e com resultados, em geral, muito ruins se comparados aos das primeiras colocações.
A prática de ‘inventar’ escolas, para aparecer entre as primeiras colocadas no ENEM, é feita por motivos publicitários. O objetivo é usar essa informação nas suas propagandas para que consigam captar mais alunos ou, em alguns casos, para que vendam com mais facilidade seus materiais didáticos.
Algumas dessas escolas nunca participaram do ENEM. Explico: foram criadas há poucos anos, somente para aparecer entre as primeiras colocadas. A metodologia utilizada por essas oito escolas é padrão: com centenas e centenas de alunos, elas escolhem os que mais pontuam em simulados internos e os transferem para a escola ou o CNPJ escolhido para servir como instrumento de publicidade.
Também utilizam de sistemas de captação de alunos com alta performance em simulados e que estão matriculados em outras escolas, inclusive de outras cidades. Boa parte desses alunos, captados durante o ensino médio, são bolsistas parciais ou integrais destas escolas. Não pagam, ou pagam muito menos do que os outros, não necessariamente pelo mérito de acertar mais questões, ou por necessidade socioeconômica, mas pelo simples motivo de que são ‘usados’ para os interesses financeiros destas instituições. Algum interesse pedagógico? Não, nenhum.
Os alunos, que vieram desse modelo de captação, não foram formados por essas escolas durante todo o percurso escolar. Ficam pouco tempo nelas, geralmente somente os últimos anos do ensino médio ou somente durante o ensino médio.
Quando fazem propaganda de estar nos primeiros lugares no ENEM, tais instituições passam a impressão de que qualquer pai pode procurá-los e conseguir matricular seus filhos. Não é o que acontece. Se hoje um pai procurar essa escola, terá seu filho encaminhado para as unidades em que os alunos pontuam bem menos dos que aqueles que foram ‘usados’ para a publicidade da escola.
Novamente, no resultado do Exame de 2014, o primeiro colocado nacional é o Colégio Integrado, de São Paulo, que funciona no mesmo endereço do Colégio Objetivo, na Avenida Paulista. No ano anterior a escola ocupava, ao mesmo tempo, o lugar 1 e o lugar 569 da lista, depois de ranqueadas todas as escolas do Brasil que tiveram mais de 10 alunos do Terceiro ano prestando o ENEM.(http://educacao.estadao.com.br/blogs/mateus-prado/campea-doeneme-ao-mesmo-tempo-a-escola-1-e-a-escola-569-do-brasil/).
Um destaque do ano é a cidade de Fortaleza. Três escolas da cidade apareceram, em 2014, entre as 10 primeiras colocadas do ENEM. Duas delas já separavam alunos, o que já estava indicado nos dados dos anos anteriores, e uma passou a separar há pouco tempo, aparecendo pela primeira vez entre as primeiras. As escolas de Fortaleza parecem ter ‘aprimorado’ as suas formas de selecionar alunos para aparecer entre as primeiras colocadas, e passaram a ser as primeiras do Nordeste, resultado que tradicionalmente era do Dom Barreto, de Teresina.
Os dados de Fortaleza refletem a situação do mercado local, onde três escolas, todas muito grandes, disputam de forma bastante agressiva o mercado de alunos de alta renda. Duas delas possuem Sistema de Ensino que vendem para outras escolas, principalmente do Norte e Nordeste, e que receberam grandes aportes financeiros nos últimos anos. Outro destaque são duas escolas, uma do Rio de Janeiro e outra de Minas Gerais, que pertencem ao mesmo fundo investidor e à mesma empresa (Fundo Gera, empresa ELEVA). Há dois anos, essas duas escolas eram desconhecidas nacionalmente. No ano de 2013 a escola do Rio de Janeiro, pertencente a este grupo, chegou a ocupar (ao mesmo tempo) o lugar 3 e o lugar 2015 entre as escolas que tiveram mais de 10 alunos do terceiro ano fazendo a avaliação. O controlador do grupo Gera é o megainvestidor Jorge Paulo Lemann. Além de um dos homens mais ricos do Brasil, Lemann é conhecido por ser assíduo doador de dinheiro para projetos educacionais (através da Fundação Lemann).
Em Goiás também há uma escola que, para aparecer entre as primeiras colocadas, matricula os alunos que costumam ter maior rendimento em simulados na sua unidade de ensino fundamental (os demais ficam na unidade do ensino médio). As duas que aparecem entre as dez primeiras e não utilizam esse padrão (de ‘inventar escolas’) são do estado de Minas Gerais.
As duas possuem alunos oriundos de famílias de alta renda (quando cruzamos os dados de todas as provas do ENEM, até hoje, renda é a principal influência nas notas da avaliação. Em média, alunos de maior renda conseguem notas superiores aos alunos de menor renda). Não é demais citar o colunista Hélio Schwartsman: “quando uma escola aumenta sua mensalidade, ela aumenta sua nota no ENEM” (2014, adaptado).
Mais informações sobre os resultados por escola do ENEM 2014 você encontra nos próximos dias aqui nessa coluna, do Estadão, ou em minha Fan Page: https://www.facebook.com/enemsisu

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